Não sei se deixa a desejar, mas Rousseau, inveterado otimista, acreditava no homem como essencialmente bom, o caráter essencialmente político-pedagógico de suas obras demosntrava a importância que dava à educação. Para ele a infância é o momento essencial para educação, devendo-se levar em conta a ingenuidade e a inconsciência que marcariam a falta da mentalidade adulta para uma adequada educação voltadada para o método natural.
Diante de tal, não sei se podemos julgar com tanto rigor aqueles que por 72 virgens matam tantos outros, não poderiamos nos comover tanto com as pobres mães chorando a morte de seus terroristas, afinal, são elas mesmas, que desde a mais tenra idade passam tais valores e ideologias, a opressão socio-cultural que sofrem, pode-se equiparar a lavagem cerebral. O núcleo familiar, de fundamental importância para douto filósofo só confirma nossos temores, a globalização e a desinformação, além do fanatismo cria aqueles que vem, paulatinamente nos destruindo.
O paradoxo liberdade/autoridade em sua obra mostra-se utópica em nossa sociedade, o respeito, moral e amor ao próximo que vislumbramos em suas idéias parecem não se adaptar aos preceitos ideológicos atuais. O capitalismo desenfreado não permite igualdade entre os mais diversos povos, a massificação, a uniformização, a especialização e, sobretudo, a alienação atual desfiguram valores etico-morais. Como fruto de tudo isso, temos o horror.
Assim, o que seria falar do mau? E do bom? Será que a época do horror vai acabar? Como conciliar tantos contrastes? Para Rousseau o bom é inerente ao homem, mas como acreditar nisso vendo tanta injustiça e opressão?
Parece piegas, até porque tirado de uma novela, mas isso não tira toda sua poesia e razão, assim afirmar que o bem e o mal devem andar juntas para que se possa optar entre elas, mais do que nunca se enquadra no contexto atual. É preciso seguir a risca a idéia desse otimista, que vê no próprio homem a solução para o mal. Devemos investir na educação, nos jovens, eliminando todas as distorções. Assim, quando ouvirmos que Guerra Santa está sendo travada, que esta não seja contra as diferentes religiões ou ideologias, mas que lute contra a IGNORÂNCIA, contra a DESIGUALDADE, contra a INTOLERÂNCIA e o PRECONCEITO. Que o termo faça jus a sua origem, que a JIHAD seja uma guerra, uma luta, mas como preceituado por Santo Agostinho, que ela seja JUSTA.
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