sábado, 12 de setembro de 2009

Ai vai um toque de Rousseau

Não sei se deixa a desejar, mas Rousseau, inveterado otimista, acreditava no homem como essencialmente bom, o caráter essencialmente político-pedagógico de suas obras demosntrava a importância que dava à educação. Para ele a infância é o momento essencial para educação, devendo-se levar em conta a ingenuidade e a inconsciência que marcariam a falta da mentalidade adulta para uma adequada educação voltadada para o método natural.
Diante de tal, não sei se podemos julgar com tanto rigor aqueles que por 72 virgens matam tantos outros, não poderiamos nos comover tanto com as pobres mães chorando a morte de seus terroristas, afinal, são elas mesmas, que desde a mais tenra idade passam tais valores e ideologias, a opressão socio-cultural que sofrem, pode-se equiparar a lavagem cerebral. O núcleo familiar, de fundamental importância para douto filósofo só confirma nossos temores, a globalização e a desinformação, além do fanatismo cria aqueles que vem, paulatinamente nos destruindo.
O paradoxo liberdade/autoridade em sua obra mostra-se utópica em nossa sociedade, o respeito, moral e amor ao próximo que vislumbramos em suas idéias parecem não se adaptar aos preceitos ideológicos atuais. O capitalismo desenfreado não permite igualdade entre os mais diversos povos, a massificação, a uniformização, a especialização e, sobretudo, a alienação atual desfiguram valores etico-morais. Como fruto de tudo isso, temos o horror.
Assim, o que seria falar do mau? E do bom? Será que a época do horror vai acabar? Como conciliar tantos contrastes? Para Rousseau o bom é inerente ao homem, mas como acreditar nisso vendo tanta injustiça e opressão?
Parece piegas, até porque tirado de uma novela, mas isso não tira toda sua poesia e razão, assim afirmar que o bem e o mal devem andar juntas para que se possa optar entre elas, mais do que nunca se enquadra no contexto atual. É preciso seguir a risca a idéia desse otimista, que vê no próprio homem a solução para o mal. Devemos investir na educação, nos jovens, eliminando todas as distorções. Assim, quando ouvirmos que Guerra Santa está sendo travada, que esta não seja contra as diferentes religiões ou ideologias, mas que lute contra a IGNORÂNCIA, contra a DESIGUALDADE, contra a INTOLERÂNCIA e o PRECONCEITO. Que o termo faça jus a sua origem, que a JIHAD seja uma guerra, uma luta, mas como preceituado por Santo Agostinho, que ela seja JUSTA.

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Um terrorista sequestra 20 pessoas em um shopping e as esconde dentro de uma sala. Nesta sala os reféns encontram-se amarrados à explosivos de grande capacidade destrutiva. Os agentes policiais recebendo o chamado prontamente se dirigem ao shopping. Ao chegar ao local estabelecem contato com o terrorista, que demanda várias exigências a serem cumpridas para a liberação dos reféns vivos, entretanto em nenhum momento conseguem ver quem está ao telefone. O comandante da operação dada a situação de grande perigo decide ordenar a invasão e acaba por prender um rapaz com as mesmas características que foram apresentadas na ligação anônima denunciando o delito, entretanto não encontram os reféns. Posteriormente a captura, começam então os policiais a perguntar ao rapaz aonde estavam os reféns. Nenhuma resposta é encontrada, uma vez que o rapaz recusava a dar as informações, sob a alegação de que não era o terrorista e portanto não sabia a localização do cativeiro. O comandante diante das alegações do jovem tenta estabelecer contato com o telefone, o qual antes o terrorista vinha utilizando, mas a ligação não é atendida. Tendo em vista o prazo estabelecido pelo terrorista, a situação começa a se agravar diante da iminente explosão caso não sejam encontrados os reféns. O Comandante nesse momento se depara com um dilema moral, filosófico e legal:

Deve torturar o rapaz em busca das informações abandonando assim o respeito à dignidade humana, sobrepondo o comunitarismo em face do liberalismo, ou até mesmo praticando um ato ilegal, que resultará na salvação de muitas outras vidas? O que você faria?

Em que momento um ser humano realizou o ato mais cruel?

Qual é o pior dos sete pecados capitais?

Qual sua opinião a respeito da legalização do uso de drogas?