sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Santo Agostinho

Ao falarmos do problema do mal, estamos diante de um conceito bem amplo, tanto no dicionário como filosoficamente. Ao falarmos de mal automaticamente relacionamos ao oposto de o que é bem, portanto devemos entender o que é o bem. A definição de bem por sua vez dependerá de cada ser, em o que ele acredita e em como ele se sente. Nesta linha de pensamento nunca chegaríamos ao que é o mal ou até mesmo o bem.
Muitos filósofos trataram da relação entre o bem e o mal, para Santo Agostinho, Deus criou o bem, logo todas as coisas são boas por natureza, e ao tratar do mal o divide em três categorias o mal em metafísico, físico e moral. Ele nega a realidade metafísica do mal na idéia platônica onde o mal não é um ser, mas sim a ausência de outro ser. O mal é a ausência de bem, é uma privação, uma carência. E ao não ser alguma coisa positiva, não pode ter vindo de Deus. Não se trata de uma negação da existência do mal, mas sim na existência aonde não existe o bem. O mal físico é visto como parte do ser, proveniente da própria natureza e atinge a perfeição do ser e não é muito trabalhado por santo Agostinho. O mau moral por sua vez, é uma falha do homem que ao receber o livre arbítrio escolhe se render as paixões do que a vontade de Deus.
Ao abandonar o maniqueísmo, (forma bipolar entre bem e mal, ambos diretamente e igualmente responsáveis pelo universo. Sua principal característica é a concepção dualista do mundo como fusão de espírito e matéria, que representam respectivamente o bem e o mal.) e convertendo-se ao catolicismo, o mau moral passa a ser representado pelo pecado original, que desvirtuou o homem. Aqui percebemos uma manifestação do seu estudo maniqueísta, a oposição e a presença de duas esferas de força agindo sobre a mente humana, e sendo deus a personificação do bem, o homem que se entrega aos pecados da carne, vão para o inferno onde encontram a personificação do mal, o Diabo.
Santo Agostinho debate o bem e o mal num âmbito religioso e por mais que ele tenha se convertido ao catolicismo a filosofia de ainda apresenta traços do maniqueísmo, uma vez que mesmo acreditando que tudo criado por Deus é bom, ele não deixa de dizer que o mal existe, mesmo que na inexistência das coisas.

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Um terrorista sequestra 20 pessoas em um shopping e as esconde dentro de uma sala. Nesta sala os reféns encontram-se amarrados à explosivos de grande capacidade destrutiva. Os agentes policiais recebendo o chamado prontamente se dirigem ao shopping. Ao chegar ao local estabelecem contato com o terrorista, que demanda várias exigências a serem cumpridas para a liberação dos reféns vivos, entretanto em nenhum momento conseguem ver quem está ao telefone. O comandante da operação dada a situação de grande perigo decide ordenar a invasão e acaba por prender um rapaz com as mesmas características que foram apresentadas na ligação anônima denunciando o delito, entretanto não encontram os reféns. Posteriormente a captura, começam então os policiais a perguntar ao rapaz aonde estavam os reféns. Nenhuma resposta é encontrada, uma vez que o rapaz recusava a dar as informações, sob a alegação de que não era o terrorista e portanto não sabia a localização do cativeiro. O comandante diante das alegações do jovem tenta estabelecer contato com o telefone, o qual antes o terrorista vinha utilizando, mas a ligação não é atendida. Tendo em vista o prazo estabelecido pelo terrorista, a situação começa a se agravar diante da iminente explosão caso não sejam encontrados os reféns. O Comandante nesse momento se depara com um dilema moral, filosófico e legal:

Deve torturar o rapaz em busca das informações abandonando assim o respeito à dignidade humana, sobrepondo o comunitarismo em face do liberalismo, ou até mesmo praticando um ato ilegal, que resultará na salvação de muitas outras vidas? O que você faria?

Em que momento um ser humano realizou o ato mais cruel?

Qual é o pior dos sete pecados capitais?

Qual sua opinião a respeito da legalização do uso de drogas?