Ao falarmos do problema do mal, estamos diante de um conceito bem amplo, tanto no dicionário como filosoficamente. Ao falarmos de mal automaticamente relacionamos ao oposto de o que é bem, portanto devemos entender o que é o bem. A definição de bem por sua vez dependerá de cada ser, em o que ele acredita e em como ele se sente. Nesta linha de pensamento nunca chegaríamos ao que é o mal ou até mesmo o bem.
Muitos filósofos trataram da relação entre o bem e o mal, para Santo Agostinho, Deus criou o bem, logo todas as coisas são boas por natureza, e ao tratar do mal o divide em três categorias o mal em metafísico, físico e moral. Ele nega a realidade metafísica do mal na idéia platônica onde o mal não é um ser, mas sim a ausência de outro ser. O mal é a ausência de bem, é uma privação, uma carência. E ao não ser alguma coisa positiva, não pode ter vindo de Deus. Não se trata de uma negação da existência do mal, mas sim na existência aonde não existe o bem. O mal físico é visto como parte do ser, proveniente da própria natureza e atinge a perfeição do ser e não é muito trabalhado por santo Agostinho. O mau moral por sua vez, é uma falha do homem que ao receber o livre arbítrio escolhe se render as paixões do que a vontade de Deus.
Ao abandonar o maniqueísmo, (forma bipolar entre bem e mal, ambos diretamente e igualmente responsáveis pelo universo. Sua principal característica é a concepção dualista do mundo como fusão de espírito e matéria, que representam respectivamente o bem e o mal.) e convertendo-se ao catolicismo, o mau moral passa a ser representado pelo pecado original, que desvirtuou o homem. Aqui percebemos uma manifestação do seu estudo maniqueísta, a oposição e a presença de duas esferas de força agindo sobre a mente humana, e sendo deus a personificação do bem, o homem que se entrega aos pecados da carne, vão para o inferno onde encontram a personificação do mal, o Diabo.
Santo Agostinho debate o bem e o mal num âmbito religioso e por mais que ele tenha se convertido ao catolicismo a filosofia de ainda apresenta traços do maniqueísmo, uma vez que mesmo acreditando que tudo criado por Deus é bom, ele não deixa de dizer que o mal existe, mesmo que na inexistência das coisas.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
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Um terrorista sequestra 20 pessoas em um shopping e as esconde dentro de uma sala. Nesta sala os reféns encontram-se amarrados à explosivos de grande capacidade destrutiva. Os agentes policiais recebendo o chamado prontamente se dirigem ao shopping. Ao chegar ao local estabelecem contato com o terrorista, que demanda várias exigências a serem cumpridas para a liberação dos reféns vivos, entretanto em nenhum momento conseguem ver quem está ao telefone. O comandante da operação dada a situação de grande perigo decide ordenar a invasão e acaba por prender um rapaz com as mesmas características que foram apresentadas na ligação anônima denunciando o delito, entretanto não encontram os reféns. Posteriormente a captura, começam então os policiais a perguntar ao rapaz aonde estavam os reféns. Nenhuma resposta é encontrada, uma vez que o rapaz recusava a dar as informações, sob a alegação de que não era o terrorista e portanto não sabia a localização do cativeiro. O comandante diante das alegações do jovem tenta estabelecer contato com o telefone, o qual antes o terrorista vinha utilizando, mas a ligação não é atendida. Tendo em vista o prazo estabelecido pelo terrorista, a situação começa a se agravar diante da iminente explosão caso não sejam encontrados os reféns. O Comandante nesse momento se depara com um dilema moral, filosófico e legal:
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