segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Quando o mal é um bem necessário

Quando perguntaram a Aristóteles, um racionalista, sobre que código moral deveriam pautar suas vidas, disse: “não posso dar-lhes um código, observem os homens melhores e mais sábios que encontrarem e imite-os.”
O voto é um instrumento de observação e, por consequência, de escolha. Ver o escolhido como sábio pode levar à idolatria e esta ao desarranjo. Desarranjado e sob holofotes constantes, o inconsciente humano assimila estes exemplos e com certeza não são estes senhores, “ternos” e de gravatas, que o filósofo sugere seguir.
Filosofia antiga ou não, o papel da sabedoria prática é fazer passar os bons hábitos para um plano onde se necessita de virtudes autênticas. Insano acreditar, fora de uma linha socrática, que o fato de conhecer o bem é razão para acreditar que este estaria sendo praticado. Não para o povo, melhor para a conveniência das mentes que legislam no estado brasileiro acreditarem que são indivíduos de bens e terem nesta crença um alicerce para a satisfação de seus interesses individuais, corporativos e curralescos, vestidos que estão da tenebrosa túnica da ética do possível, dando-se por saciados assim.
Na política brasileira, especificamente no Congresso Nacional, os cacos estão aos ares, mas uma sociedade precisa de instituições que harmonizem os interesses individuais e coletivos, sendo assim um “mal necessário”. À luz do voto então, cabe ao cidadão a esperança de que os “daímons” sobressaltem da túnica e não somente alertem aos “senhores de terno e gravata” a fazerem o apropriado, como dizia Sócrates, mas os dêem coragem para, no silêncio do bem inato, agirem corretamente e pelo povo.
Então,a quem um racionalista e intelectual como Aristóteles escolheria como modelo e exemplo no quadro legislativo do Estado brasileiro? O menos pior, talvez...
E o povo, não educado por conveniência curralesca, quem seguiria? Aquele que faz promessas irreais ou até mesmo espere por um apocalipse...
E, assim, o futuro caminha para continuar imitando as origens e o passado da política brasileira!

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Um terrorista sequestra 20 pessoas em um shopping e as esconde dentro de uma sala. Nesta sala os reféns encontram-se amarrados à explosivos de grande capacidade destrutiva. Os agentes policiais recebendo o chamado prontamente se dirigem ao shopping. Ao chegar ao local estabelecem contato com o terrorista, que demanda várias exigências a serem cumpridas para a liberação dos reféns vivos, entretanto em nenhum momento conseguem ver quem está ao telefone. O comandante da operação dada a situação de grande perigo decide ordenar a invasão e acaba por prender um rapaz com as mesmas características que foram apresentadas na ligação anônima denunciando o delito, entretanto não encontram os reféns. Posteriormente a captura, começam então os policiais a perguntar ao rapaz aonde estavam os reféns. Nenhuma resposta é encontrada, uma vez que o rapaz recusava a dar as informações, sob a alegação de que não era o terrorista e portanto não sabia a localização do cativeiro. O comandante diante das alegações do jovem tenta estabelecer contato com o telefone, o qual antes o terrorista vinha utilizando, mas a ligação não é atendida. Tendo em vista o prazo estabelecido pelo terrorista, a situação começa a se agravar diante da iminente explosão caso não sejam encontrados os reféns. O Comandante nesse momento se depara com um dilema moral, filosófico e legal:

Deve torturar o rapaz em busca das informações abandonando assim o respeito à dignidade humana, sobrepondo o comunitarismo em face do liberalismo, ou até mesmo praticando um ato ilegal, que resultará na salvação de muitas outras vidas? O que você faria?

Em que momento um ser humano realizou o ato mais cruel?

Qual é o pior dos sete pecados capitais?

Qual sua opinião a respeito da legalização do uso de drogas?