segunda-feira, 2 de novembro de 2009

DIA DE FINADOS: O MAL DA MORTE

SANTO AGOSTINHOSANTO AGOSTINHO

A morte, ninguém pode experimentá-la em si mesma (pois experimentar é da alçada da vida), só é possível percebê-la nos outros
IMMANUEL KANT


Em todas as religiões há um culto especial aos mortos. Isso revela, no fundo, que acreditam na imortalidade.

A Bíblia, no livro de Gênesis, descreve a situação de uma vida na qual a imortalidade era real. Deus havia acabado de criar o mundo e os primeiros seres humanos, formados à Sua imagem e semelhança. O homem (Adão) e a mulher (Eva) viviam em perfeita paz e harmonia com a natureza criada por Deus. Deus mostrou ao homem que a existência de um mundo perfeito e em paz dependia de sua obediência que acarretava numa comunhão direta com Ele. Assim, para que a harmonia continuasse a existir, o homem e a mulher deveriam seguir uma clara ordem dada por Deus. Enquanto eles permanecessem obedientes a Deus, eles também teriam vida, e vida eterna, pois evitariam assim a conseqüência da desobediência: a morte.

A partir dessa explanação, não é difícil compreender a afirmação de Santo Agostinho:“Deus, portanto, não é o autor do mal, mas é autor do livre-arbítrio, que concede aos homens a liberdade de exercer o mal, ou melhor, de não praticar o bem. “

Já a ciência, ao estudar a morte, procura primeiro entender a menor unidade indivisível da vida humana que é a célula. Neste ponto, ela afirma que não somos diferentes dos outros seres vivos, todos somos condenados a morrer como condição do nascimento e a morte de todos começa com a morte de algumas células. Para os organismos unicelulares, evolutivamente mais antigos, a morte não é uma característica obrigatória da sua vida na terra. Parece que o envelhecimento e morte só tenham passado a existir muito após o surgimento dos seres unicelulares. A morte programada, morte por envelhecimento ou senescência, somente apareceu quando as células começaram a experimentar o sexo ligado a reprodução. A ciência chama este período de perda da inocência.

A morte sempre foi um mistério profundo para todos nós. A data comemorativa do dia 2 de novembro não tem outra intenção senão “nos colocar diante da vida para olhar o passado, o presente e, sobretudo, o futuro. Visitando o cemitério onde estão enterrados nossos entes queridos, debruçamo-nos sobre os nossos limites e fraquezas, confrontando-nos com o fato de que um dia também nós estaremos lá” segundo a interpretação da Igreja Católica, responsável pela instituição da data.

SANTO AGOSTINHO

Por meio da fé que cada um professa, somos capazes de reconhecer a morte e o que vem posterior a ela do modo mais confortante possível. Embora a todos reste um pouco de temor do desconhecido.

SANTO AGOSTINHO


SANTO AGOSTINHO

A Morte não é Nada

" Santo Agostinho "


"A morte não é nada.

Eu somente passei

para o outro lado do Caminho.

Eu sou eu, vocês são vocês.

O que eu era para vocês,

eu continuarei sendo.

Me dêem o nome

que vocês sempre me deram,

falem comigo

como vocês sempre fizeram.

Vocês continuam vivendo

no mundo das criaturas,

eu estou vivendo

no mundo do Criador.

Não utilizem um tom solene

ou triste, continuem a rir

daquilo que nos fazia rir juntos.

Rezem, sorriam, pensem em mim.

Rezem por mim.

Que meu nome seja pronunciado

como sempre foi,

sem ênfase de nenhum tipo.

Sem nenhum traço de sombra

ou tristeza.

A vida significa tudo

o que ela sempre significou,

o fio não foi cortado.

Porque eu estaria fora

de seus pensamentos,

agora que estou apenas fora

de suas vistas?

Eu não estou longe,

apenas estou

do outro lado do Caminho...

Você que aí ficou, siga em frente,

a vida continua, linda e bela

como sempre foi."

SANTO AGOSTINHO

SANTO AGOSTINHO

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Um terrorista sequestra 20 pessoas em um shopping e as esconde dentro de uma sala. Nesta sala os reféns encontram-se amarrados à explosivos de grande capacidade destrutiva. Os agentes policiais recebendo o chamado prontamente se dirigem ao shopping. Ao chegar ao local estabelecem contato com o terrorista, que demanda várias exigências a serem cumpridas para a liberação dos reféns vivos, entretanto em nenhum momento conseguem ver quem está ao telefone. O comandante da operação dada a situação de grande perigo decide ordenar a invasão e acaba por prender um rapaz com as mesmas características que foram apresentadas na ligação anônima denunciando o delito, entretanto não encontram os reféns. Posteriormente a captura, começam então os policiais a perguntar ao rapaz aonde estavam os reféns. Nenhuma resposta é encontrada, uma vez que o rapaz recusava a dar as informações, sob a alegação de que não era o terrorista e portanto não sabia a localização do cativeiro. O comandante diante das alegações do jovem tenta estabelecer contato com o telefone, o qual antes o terrorista vinha utilizando, mas a ligação não é atendida. Tendo em vista o prazo estabelecido pelo terrorista, a situação começa a se agravar diante da iminente explosão caso não sejam encontrados os reféns. O Comandante nesse momento se depara com um dilema moral, filosófico e legal:

Deve torturar o rapaz em busca das informações abandonando assim o respeito à dignidade humana, sobrepondo o comunitarismo em face do liberalismo, ou até mesmo praticando um ato ilegal, que resultará na salvação de muitas outras vidas? O que você faria?

Em que momento um ser humano realizou o ato mais cruel?

Qual é o pior dos sete pecados capitais?

Qual sua opinião a respeito da legalização do uso de drogas?