
Atitude secular, utilizada há vários anos por aqueles que desejam extinguir a própria vida por ato deliberado, o suicídio é encarado hoje como um dos grandes males da humanidade. Isso porque a angústia de viver, apesar de presente a muitos séculos, vem atingindo escalas cada vez maiores, principalmente em países desenvolvidos.
As reações ao suicídio, porém, variam de cultura para cultura e se ligam vários aspectos como a um elevado grau de desespero, sofrimento e perturbação emocional, sentimental e até mesmo como uma atitude que sela a honra, como por exemplo os suicídios de Adolf Hitler e Getúlio Vargas.
Na filosofia, esse tema é tratado sob vários aspectos e pontos de vista. Isso porque os próprios filósofos passam por inúmeros momentos de angústia e desespero, e muitos deles encerram a vida dessa maneira. O que se vê, porém, é que a grande maioria considera o suicídio um grande, senão o maior, problema filosófico. Já dizia o filósofo Albert Camus que “o suicídio é a grande questão filosófica de nosso tempo, decidir se a vida merece ou não ser vivida é responder a uma pergunta fundamental da filosofia.”
Platão acreditava que o suicídio se constitui numa injustiça praticada contra si mesmo, uma vez que se extingue com o único bem verdadeiramente certo que se possui, a vida. Essa idéia de bem verdadeiramente certo veio de Descartes, que afirmava que a vida sempre oferece mais bens do que males e que suicidar-se é fazer mal uso do livre arbítrio.
Interessante, também, se mostra o pensamento de alguns filósofos como Spinoza, que apesar de pregar que o suicídio não é um ato de virtude, uma vez que visa destruir a essência do homem, seu poder e sua tendência fundamental, acabou por suicidar-se, deixando evidente que o suicídio não é uma atitude daqueles que o enxergam como uma certo ou belo e sim como a única alternativa encontrada para escapar de uma situação considerada insuportável, ou seja, o suicida não vê alternativa senão aquela.
Segundo estudos realizados, os jovens são particularmente vítimas deste problema e ligam-se a esses números, principalmente, a perda de dignidade perante à sociedade ou um escândalo que venha a abalar a estrutura moral daquela pessoa perante os outros. Assim, atualmente, as maiores taxas de suicídio encontram-se em países cuja sociedade é baseada em condutas estritamente definidas e rigorosas. O Japão é o recordista nas taxas de suicídio, seguido pela Rússia.
Já o Brasil apresenta um das menores médias do mundo e o Código Penal Brasileiro, apesar de não punir o suicídio tentado (por acreditar ser um problema de saúde pública), pune o induzimento, instigação e auxílio ao suicídio, em seu art. 122. Assim, deixa claro o Estado de que sua posição é de combate a essa atitude. Segue essa tendência a grande maioria dos Estados, principalmente os ocidentais, e são motivados, mesmo que indiretamente pela idéia de Rousseau de que o suicídio é um roubo feito ao gênero humano, pois sempre fica uma boa ação por fazer uma vez que todo homem é útil à humanidade pelo simples fato de existir.
ja tentei tres vezes adivinha ainda estou aqui;;
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