sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A Avareza como base da atual política e sociedade


Quando se abre o jornal, o que mais se vê são escândalos políticos em que se observam os nossos representantes usando de seu cargo, sua posição, para ganhar vantagens. Ou quem não se lembra do escândalo dos atos secretos, ou o dos cartões corporativos, ou ate mesmo do mensalão, sem falar nos outros pelos quais o país já passou e os que ainda não foram descobertos? Vive-se hoje no Brasil a era da avareza na política, já que o que se vê em nossos representantes é uma desordenada ambição pelo dinheiro e uma cobiça por quaisquer bens.

Os políticos se esqueceram do porquê de eles terem sido colocados no poder, que é o fato de que eles devem agir de acordo com o que for melhor para a população. Entretanto, o que se observa é uma grande disparidade – por um lado, cortes feitos para investimento nas áreas básicas como saúde, educação, saneamento básico, habitação; por outro, a máquina pública gastando cada vez mais consigo mesma como, por exemplo, as inúmeras vantagens que o nosso senado recebe como auxílio moradia, verbas-indenizatórias, serviços gráficos, entre outros.

São Tomás de Aquino, em seu livro De Malo, questão 13, artigo três, fala que a avareza possui sete filhas: a traição, a fraude, a mentira, o perjúrio, a inquietude, a violência e a dureza de coração. Por exemplo, ao se preocupar tanto com os bens materiais, você começa a desconsiderar o outro, o que faz você ter dureza de coração. Ou quando você só pensa naqueles bens e sua vida fica em função de protegê-los para ninguém roubá-los, você fica inquieto. E como você vai conseguir esses bens: por meio da fraude, mentira, se for juramento, perjúrio e até mesmo pela violência.

É assustador ver, muitas vezes, os nossos políticos fazendo uso dessas filhas da avareza, e o que se observa com maior apreensão, é que esses são muitas vezes reflexo da atual sociedade em que o dinheiro e os bens têm prioridade em face do próprio ser humano e o que se tem é um mundo em que “ninguém está nem ai pra ninguém”, o importante é: eu enriquecer nem que pra isso eu tenho que destruir o outro.

A solução é simples: os políticos em vez de se preocuparem em se beneficiar, deveriam se preocupar em procurar melhorar as condições da população, essa também deve se lembrar que o mundo não é só ganhar, mas também de doar, de ser generoso, de pensar muitas vezes no seu vizinho. Temos que procurar um meio termo, senão, não só politicamente, o que já está ocorrendo, mas socialmente vamos ser extintos.

Mas a gula não seria pior?


Um comentário:

  1. Parabéns!!! Belíssimas colocações!!! Não tem como negar, cada frase deste texto nos mostra justamente o que acontece com aqueles que elegemos para nos representar em nossa República Federativa "DEMOCRÁTICA" do Brasil. Temos que "DEMOCRACIA" é "GOVERNO de TODOS", conceito irraigado desde a grécia antiga, por exemplo a "DEMOCRACIA ATENIENSE". Contudo, atualmente,o que vimos é justamente uma distorção deste significado. Políticos e capitalistas no mesmo barco, enxergando apenas o próprio umbigo!!! Precisamos, inclusive e principalmente os "políticos" e os "capitalistas" ter no mínimo um pouco mais de solidariedade!!!

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Um terrorista sequestra 20 pessoas em um shopping e as esconde dentro de uma sala. Nesta sala os reféns encontram-se amarrados à explosivos de grande capacidade destrutiva. Os agentes policiais recebendo o chamado prontamente se dirigem ao shopping. Ao chegar ao local estabelecem contato com o terrorista, que demanda várias exigências a serem cumpridas para a liberação dos reféns vivos, entretanto em nenhum momento conseguem ver quem está ao telefone. O comandante da operação dada a situação de grande perigo decide ordenar a invasão e acaba por prender um rapaz com as mesmas características que foram apresentadas na ligação anônima denunciando o delito, entretanto não encontram os reféns. Posteriormente a captura, começam então os policiais a perguntar ao rapaz aonde estavam os reféns. Nenhuma resposta é encontrada, uma vez que o rapaz recusava a dar as informações, sob a alegação de que não era o terrorista e portanto não sabia a localização do cativeiro. O comandante diante das alegações do jovem tenta estabelecer contato com o telefone, o qual antes o terrorista vinha utilizando, mas a ligação não é atendida. Tendo em vista o prazo estabelecido pelo terrorista, a situação começa a se agravar diante da iminente explosão caso não sejam encontrados os reféns. O Comandante nesse momento se depara com um dilema moral, filosófico e legal:

Deve torturar o rapaz em busca das informações abandonando assim o respeito à dignidade humana, sobrepondo o comunitarismo em face do liberalismo, ou até mesmo praticando um ato ilegal, que resultará na salvação de muitas outras vidas? O que você faria?

Em que momento um ser humano realizou o ato mais cruel?

Qual é o pior dos sete pecados capitais?

Qual sua opinião a respeito da legalização do uso de drogas?