domingo, 18 de outubro de 2009

Quando o Bem é artifício para o Mal: O Massacre de Jonestown

Uma mente paranóica pode levar as pessoas a acreditarem em falsas teorias do bem. Jim Jones conseguiu essa façanha de forma inacreditável, um homem carismático e fanático que iniciou uma nova igreja em Indiana nos EUA, a “People’s Temple” ,após fazer um curso de pastor. Nessa igreja ele propunha uma sociedade igualitária, onde não existia diferenças sociais, raciais e econômicas. O falso pastor utilizava a palavra de Deus de forma distorcida, e muitas vezes se intitulava a própria divindade.
Jim Jones após certo tempo comandando sua igreja dentro dos EUA, convenceu centenas de famílias a se deslocarem para o meio da floresta amazônica, na Guiana Inglesa, lá foi construida a cidade intitulada Jonestown. Uma pequena sociedade com pouco mais 900 pessoas, baseada em uma cultura de subsistência, em que todos eram considerados iguais e viviam em harmonia. Qualquer pessoa que não conhecesse a fundo Jonestown imaginava que Jim Jones tivesse conseguido reproduzir a cidade perfeita, entretanto como a sociedade se localizava no meio da Amazônia as terras eram improdutivas, a fome era comum, as condições de higiene eram precárias. Jim Jones se mostrou um ditador,o trabalho na vila se tornou exaustivo e o pastor não autorizava que seus fiéis fossem embora e quem tentasse era reprimido a tiros. O fanático viu sua cidade “ideal” desabar quando um político norte americano foi pesquisar a realidade da pequena Jonestown e viu o verdadeiro campo de concentração que existia ali. Jim Jones ao perceber que seria desmascarado tornou-se ainda mais violento e autoritário. O carisma e fanatismo do pastor era tanto que seu maior feito não foi convencer diversas famílias a sair dos Estados Unidos deixando parentes, amigos e patrimônio, mas sim a de propor e conseguir que mais de 900 pessoas tomassem suco de laranja com veneno. O homem foi tão macabro que orientou que primeiramente as mães dessem o veneno aos filhos ( observe a forma fria de como ele conduz as mães no vídeo abaixo) e logo depois ordenou que todos os adultos tomassem o suco. No dia dezoito de novembro de 1978 Jim Jones dirigiu o suicídio coletivo e morte de quase mil pessoas, fundamentado que se não era possível viver em paz todos morreriam em paz.
O falso religioso utilizou de artifícios de igualdade e paz para fazer o desumano, aprisionar, forçar a trabalhar e destruir a vida de inocentes. Ao fazer isso desrespeitou diversos direitos, dentre eles o direito de ir e vir, o direito a liberdade e, principalmente, o direito a vida, o bem jurídico tutelado mais bem protegido. Jim Jones desobedeceu também o livre arbítrio, visto que as vítimas eram, em sua maioria, excluídos da sociedade, pessoas pobres e ignorantes, que acreditavam piamente que Jim era um milagre, um ser divino e por isso seguiam seus mandamentos sem exitar.

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Um terrorista sequestra 20 pessoas em um shopping e as esconde dentro de uma sala. Nesta sala os reféns encontram-se amarrados à explosivos de grande capacidade destrutiva. Os agentes policiais recebendo o chamado prontamente se dirigem ao shopping. Ao chegar ao local estabelecem contato com o terrorista, que demanda várias exigências a serem cumpridas para a liberação dos reféns vivos, entretanto em nenhum momento conseguem ver quem está ao telefone. O comandante da operação dada a situação de grande perigo decide ordenar a invasão e acaba por prender um rapaz com as mesmas características que foram apresentadas na ligação anônima denunciando o delito, entretanto não encontram os reféns. Posteriormente a captura, começam então os policiais a perguntar ao rapaz aonde estavam os reféns. Nenhuma resposta é encontrada, uma vez que o rapaz recusava a dar as informações, sob a alegação de que não era o terrorista e portanto não sabia a localização do cativeiro. O comandante diante das alegações do jovem tenta estabelecer contato com o telefone, o qual antes o terrorista vinha utilizando, mas a ligação não é atendida. Tendo em vista o prazo estabelecido pelo terrorista, a situação começa a se agravar diante da iminente explosão caso não sejam encontrados os reféns. O Comandante nesse momento se depara com um dilema moral, filosófico e legal:

Deve torturar o rapaz em busca das informações abandonando assim o respeito à dignidade humana, sobrepondo o comunitarismo em face do liberalismo, ou até mesmo praticando um ato ilegal, que resultará na salvação de muitas outras vidas? O que você faria?

Em que momento um ser humano realizou o ato mais cruel?

Qual é o pior dos sete pecados capitais?

Qual sua opinião a respeito da legalização do uso de drogas?