segunda-feira, 5 de outubro de 2009

"Minha imagem dá o brilho no cenário dos mortais"


O mito de Narciso personifica o pecado da vaidade. Ele era um jovem filho de um deus e uma ninfa, com uma beleza extrema, que preferia viver só, pois não havia encontrado ninguém que julgasse merecedor do seu amor. Segundo a mitologia, Narciso, após desdenhar de seus pretendentes, foi amaldiçoado pelos deuses para amar o primeiro homem que olhasse. Enquanto caminhava pelos jardins de Eco, se deparou com uma lagoa onde viu o seu reflexo na água. Apaixonou-se tanto por si próprio, que inclinou-se cada vez mais para tentar alcançar aquela imagem, acabando por cair na lagoa e se afogar.
A vaidade, ou soberba, se traduz pelo sentimento negativo caracterizado pela pretensão de superioridade sobre as demais pessoas, levando a manifestações ostensivas de arrogâcia, por vezes sem fundamento algum em fatos ou variáveis reais da sistematização. São Tomás de Aquino a definiu como a própria excelência, que se aparentemente é a aspiração a imitar a grandeza de Deus, realmente, é a transgressão da medida em que devemos desenvolver nossa elevação. Isso quer dizer que a pessoa busca a excelência pessoal, o que contraria a grandeza e a glória de Deus, se negando a servi-lo.
Atualmente, as atividades sociais estão muito influenciadas pela imagem pessoal. Em nenhum momento, é possível dissociar as pessoas da sua imagem e elas, muitas vezes, são julgadas, e até mesmo excluídas, por não se enquadrarem nos padrões estabelecidos como perfeitos. Esse fato acaba influenciando negativamente as pessoas, que passam a ser cada vez mais vaidosas, cometendo exageros para alcançar esse tão difícil fim da perfeição.
É incrível como muitas pessoas se submetem a sucessivas cirurgias plásticas de forma desnecessária, o que acaba por prejudicar sua saúde ou até levá-las à morte. É certo que muitas cirurgias de correção melhoram a qualidade de vida da pessoa, elevando sua auto-estima. Entretanto, critica-se o uso da cirurgia plástica como forma de reconstrução da imagem, o que torna as pessoas dependentes do instrumento cirúrgico como construtor da sua própria identidade.
Além disso, o excesso de vaidade causa uma segregação social, pois as pessoas tendem a se criticar mutuamente devido a pequenas diferenças. Por um lado, isso faz com que aqueles que não se preocupam muito com a imagem sejam vítimas de preconceitos. Por outro, a vaidade excessiva leva a quadros de nervosismo e depressão, pois as pessoas ficam tão fixadas na idéia da perfeição que desenvolvem transtornos mentais, como anorexia e outros distúrbios. Há um medo tão grande de engordar ou ser inferior aos outros, que as pessoas preferem as doenças e a cirurgias ao risco de ganhar peso ou se sentirem feias.




Será que é a vaidade? Não seria a inveja o pior?




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Um terrorista sequestra 20 pessoas em um shopping e as esconde dentro de uma sala. Nesta sala os reféns encontram-se amarrados à explosivos de grande capacidade destrutiva. Os agentes policiais recebendo o chamado prontamente se dirigem ao shopping. Ao chegar ao local estabelecem contato com o terrorista, que demanda várias exigências a serem cumpridas para a liberação dos reféns vivos, entretanto em nenhum momento conseguem ver quem está ao telefone. O comandante da operação dada a situação de grande perigo decide ordenar a invasão e acaba por prender um rapaz com as mesmas características que foram apresentadas na ligação anônima denunciando o delito, entretanto não encontram os reféns. Posteriormente a captura, começam então os policiais a perguntar ao rapaz aonde estavam os reféns. Nenhuma resposta é encontrada, uma vez que o rapaz recusava a dar as informações, sob a alegação de que não era o terrorista e portanto não sabia a localização do cativeiro. O comandante diante das alegações do jovem tenta estabelecer contato com o telefone, o qual antes o terrorista vinha utilizando, mas a ligação não é atendida. Tendo em vista o prazo estabelecido pelo terrorista, a situação começa a se agravar diante da iminente explosão caso não sejam encontrados os reféns. O Comandante nesse momento se depara com um dilema moral, filosófico e legal:

Deve torturar o rapaz em busca das informações abandonando assim o respeito à dignidade humana, sobrepondo o comunitarismo em face do liberalismo, ou até mesmo praticando um ato ilegal, que resultará na salvação de muitas outras vidas? O que você faria?

Em que momento um ser humano realizou o ato mais cruel?

Qual é o pior dos sete pecados capitais?

Qual sua opinião a respeito da legalização do uso de drogas?