Ao me deparar com matéria do jornal “Estado de Minas”, por volta de duas semanas atrás, intitulada “Juízes marcados para morrer”, que expôs o fato de que os magistrados estão sendo assassinados ou ameaçados de morte por criminosos, em retaliação a condenações, foi inevitável lembrar da obra de Sigmund Freud, “O mal-estar na civilização”, escrita em 1929, e de que como ela, lida no contexto atual, pode explicar o fenômeno de guerra que se vive dentro da sociedade moderna. Esta obra, ao apresentar como idéia principal a discussão da repressão que é imposta pela sociedade, demonstra que o homem, por ser naturalmente agressivo, tende a querer se libertar deste estado de repressão, destruindo o meio em que vive. Assim, enquanto o instinto de vida fundamenta-se na interação inserida na civilização, aproximando os indivíduos, o instinto de morte, ao contrário,ao agir de forma oposta, faz com que os indivíduos não vislumbrem uma felicidade concreta. Pode-se afirmar, portanto, que Freud conclui que o ser humano não pode ser feliz na civilização moderna, apesar de todo o desenvolvimento científico e tecnológico, já que ele afirma que o objetivo da civilização não é a felicidade, mas a renúncia a ela. Esta afirmativa é feita a partir da constatação do fato de que, o indivíduo, ao buscar constantemente a satisfação do prazer, vê a impossibilidade de sua realização, perante a enorme repressão social.
A partir da matéria citada, nota-se, através da obra de Freud, que apesar do desenvolvimento e da melhoria de algumas condições sociais, como da expectativa de vida, saúde, analfabetismo e alguns recursos, em geral, o mal-estar na civilização persiste, acarretando este fenômeno de guerra civil, em que alguns tentam fazer justiça com as próprias mãos e outros consideram como inimigos aqueles legitimados para garantir os direitos individuais e coletivos. Assim, relendo o que Freud escreveu, no contexto atual, torna-se claro que o mal-estar vivido pela sociedade assume novas formas, relacionadas às condições sociais e econômicas experimentadas na modernidade.
A partir da matéria citada, nota-se, através da obra de Freud, que apesar do desenvolvimento e da melhoria de algumas condições sociais, como da expectativa de vida, saúde, analfabetismo e alguns recursos, em geral, o mal-estar na civilização persiste, acarretando este fenômeno de guerra civil, em que alguns tentam fazer justiça com as próprias mãos e outros consideram como inimigos aqueles legitimados para garantir os direitos individuais e coletivos. Assim, relendo o que Freud escreveu, no contexto atual, torna-se claro que o mal-estar vivido pela sociedade assume novas formas, relacionadas às condições sociais e econômicas experimentadas na modernidade.
O que Freud definia como as doenças psíquicas de sua época, causadas pela repressão que a civilização exerce sobre os impulsos sexuais, hoje são caracterizadas pela insegurança do indivíduo diante do meio social, a exemplo do grande índice de desemprego. Portanto, estas doenças eram causadas, segundo Freud, pelas restrições à sexualidade. Como vivemos atualmente em uma época de liberdade sexual, não se pode afirmar que as causas das doenças são as mesmas, mas também não se pode afirmar que elas desapareceram, a exemplo do aumento de casos de depressão, síndrome do pânico, traumas por roubo, seqüestro, e de acordo com a matéria exposta, de traumas pela punição e repressão.
Conclui-se que, outro fator relevante para o mal vivido pela sociedade atual pode ser caracterizado pela falta de valores da mesma. Reiterando a importância da retomada dos valores da época de Freud, talvez fenômenos como o explicitado na matéria abordada existiriam em uma proporção insignificante, e o mal-estar da civilização atual não fosse uma condição inerente ao homem moderno.
Conclui-se que, outro fator relevante para o mal vivido pela sociedade atual pode ser caracterizado pela falta de valores da mesma. Reiterando a importância da retomada dos valores da época de Freud, talvez fenômenos como o explicitado na matéria abordada existiriam em uma proporção insignificante, e o mal-estar da civilização atual não fosse uma condição inerente ao homem moderno.
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